
Mark, Ashley e Rafael
O iG, portal do qual este blog é parceiro, promoveu na última terça-feira o iG Digital Day, evento sobre publicidade na rede voltado para anunciantes do portal e agências de publicidade.
Teve como palestrantes – Ashley Ringrose, co-fundador da agência interativa Soap Creative; Rafael Payão, diretor de criação da ag2 e Mark Boyd, diretor de criação da BBH Londres.
A primeira parte do evento contou com as tradicionais palestras e apresentações de estudos de caso. A melhor parte ficou para o final, quando os três convidados subiram ao palco para debater juntos assuntos ligados à rede.
Mark alertou que essas campanhas feitas por operadoras de telefonia, de enviar aos usuários SMS a qualquer horário, sem solicitação, podem acabar com o “marketing mobile” antes mesmo dele começar.
Já Ashley comentou que o futuro da publicidade passa por ela ser cada vez mais contextualizada. Ele citou o exemplo do Adsense da Google. Com uma contextualização mais afinada, a propaganda pode até ser intrusiva sem incomodar tanto as pessoas.
Foi comentado também que as agências só vão entender a web na hora em que os publicitários começarem a usar a rede. Mesmo problema do jornalismo online, do judiciário brasileiro e de diversas empresas.

Muitas vezes, nestas áreas, quem bate o martelo não é usuário de internet. Algo que já comentei aqui, no blog, enquanto não tivermos nos centros de decisão pessoas que têm um conhecimento mais prático e não apenas teórico da rede, sempre vai ser esse chororô.
A melhor frase do evento veio do Rafael, diretor de criação da ag2, que questionou os recentes números de que o Brasil tem 59 milhões de usuários de internet.
Segundo ele, são números expressivos, mas que não revelam o quanto a maioria dos usuários brasileiros aproveita muito pouco do potencial da rede.
Payão bateu na tecla de que a “qualidade do acesso” ainda é muito ruim no Brasil. Para alguns que estão nestas estatísticas, a rede se resume a acessar Orkut e ler emails.
Cenário diferente dos EUA, por exemplo, onde os usuários, em sua maioria, têm uma “cultura de colaboração”, são mais ativos e tem conhecimento mais prático sobre a rede.
Por isso, que, devido a esse panorama, acredito que o principal desafio aqui, no Brasil, é migrar para a internet essa “cultura da colaboração”, que já existe nas rádios brasileiras.
Aliás, você já reparou como projetos colaborativos ligados a rádios dão tão certo, aqui, no Brasil? Vide os caminhos trilhados pelo Radar Cultura e agora pela Rádio CBN.
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