O que esperar de 2008?

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Freelancers trabalhando juntos. Espaço de coworking em Londres/Foto: Avorio

Vocês já devem estar cansados das listas de melhores disso e daquilo do ano passado. Mas existe algo mais interessante – as previsões para 2008 no setor de tecnologia e web.

Para variar, existe muita especulação neste tipo de material, mas, entre seleções feitas por empresas de mídia, jornalistas e CEO’s, separei o que há de mais concreto, com comentários meus. Veja o que acha, como toda lista muita coisa fica de fora.

IPTV – Um maior crescimento da adoção da tecnologia é esperada na Europa, mais particularmente na França, onde a IPTV já é usada por uma boa parte da população. Quando falo de IPTV, não estou citando os simplórios Joost e Babelgum, mas projetos maiores.

Em 2008, ficará mais evidente a discrepância entre os projetos de TV Digital – sem interatividade e preso em burocracias – e a IPTV – avançando mais rápido.

Vale lembrar que o grande rival da IPTV não são os downloads na internet, mas a TV a cabo. Você paga somente pelo que assistir, sendo que você pode escolher quando consumir. Ou seja, quebra o modelo da TV a cabo.

Simplicidade – Um nicho que terá mais espaço em 2008 será o de criação de ferramentas que são simplificações ao máximo das atuais. Versões enxutas e funcionais. A questão foi levantada por Evan Williams, co-fundador do Blogger e do Twitter, no ano passado.

Internacionalização dos serviços web – Continuará a tendência que começou em 2007 e se acentuou no 2º semestre, com o lançamento de versões brasileiras de serviços web. MySpace e Last.fm têm versões em vários idiomas, a serem lançadas este ano em diversos países.

Comunicação móvel [Voip] – Ainda não temos nenhuma aplicação mobile que seja disruptive technology, mas o conceito em si de comunicação móvel já está amadurecido. O grande avanço será na área de VOIP no celular, que permitirá fazer ligações com um valor bem mais baixo.

Twitter vai ser comprado – Pelo passado de Evan Williams, co-criador do Twitter, isso fica mais evidente. O americano criou o Blogger e o Odeo para depois vendê-los. Bem provável que o Twitter tenha o mesmo fim do del.icio.us. Não existirá conta premium nem SMS com propagandas [!]. Toda a sua operação será sustentada por quem comprá-lo. Quem sabe uma operadora de celular?

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Nelly Furtado em alta definição no The HD web

Serviços online e offline – Um dos motes de 2008 serão os serviços web se tornarem offline. A Google já lançou o Google Gears, plugin que permite acessar o Google Reader offline. Mas a idéia é que venha mais. Um Gmail offline?

Menos conteúdo pago para o usuário final – No 1º semestre deste ano, existe a previsão do jornal The Wall Street Journal liberar o acesso gratuito a todo o seu site. Vai sair do modelo de assinaturas para o de acesso gratuito, com conteúdo sustentado por publicidade. Para isso, precisará aumentar em 12 vezes o tráfego atual de seu site. Será a queda de um dos últimos ícones do conteúdo pago na rede.

Coworking – A idéia de “open office”, um espaço colaborativo para reunir pessoas que necessitam de um espaço profissional, sem ser café ou lan house, começa a se tornar uma realidade mais próxima por aqui. O assunto foi destaque na revista Fortune deste mês. Além disso, deve ser inaugurado, ainda em janeiro, um espaço de coworking, no Brasil, em São Paulo, na Rua Bela Cintra.

Video on demand e High Definition – Os estúdios passarão a investir ainda mais em vídeo on demand, que é visto pela indústria como uma forma de escapar da pirataria e da cansativa guerra entre os formatos Blue-ray e HD-DVD. Hulu e Vudu, lançados em 2007, são apenas alguns exemplos do que vem por aí.

Tudo isso virá acompanhado do suporte a vídeos em High Definition – Videolog, Vimeo, e Stage6 já fazem os primeiros testes.

Melhorias no Google Adsense – A Google vai prosseguir no aprimoramento da qualidade do programa de anúncios baseado em CPC. Adotará mais ações para evitar os “cliques bobos e inválidos” e penalizará ainda mais os sites que não seguem as regras do programa.

Se essas previsões realmente se confirmarem, 2008 não será um ano de muitas novidades, mas de “amadurecimento” e de consolidação de algumas tecnologias e serviços já existentes.

9 respostas para “O que esperar de 2008?”.

  1. Conheço um lugar aqui em SP basicamentede coworking também. É um estúdio de gravação [música], mas tem os amigos designers e fotógrafos que utilizam o espaço da casa. Ambiente sempre bom de se estar, garanto.

    Abraço!

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  2. Bacana isso, Gabriel!

    Qual o endereço?

    Abs,

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  3. Gostei Tiago. AMADURECIMENTO. Também acredito que é o que deva prevalecer, dado o volume grande de novidades que tivemos em 2007.

    Muitos serviços que foram lançados ainda nem amadureceram e nem mesmo chegaram ao domínio da “massa”. O Twitter é um deles.

    No entanto, com relação ao Twitter, espero que ele continue sendo um veículo de nicho, como é hoje, pelo menos aqui no Brasil.

    abs

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  4. sensacional a idéia de coworking. Aguardo com a melhor expectativa.

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  5. Gmail offline, Gmail offline, Gmail offline…
    ** cruzando os dedos **

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  6. Fala Tiago!

    Cara, acho que faltou falar de algo que vai acontecer já semana que vem: o lançamento da Wikia Search. Acredito que o modelo wiki vai trazer tremenda dores de cabeça para o líder e já todo SEO optimized (trazendo resultados de busca ruins) Google.

    É esperar para ver!

    Abraços

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  7. Com certeza, Thiago! Essa lista está incompleta. É apenas um panorama do que pode acontecer neste ano.

    No entanto, acredito que os efeitos do Wikia Search não serão tão imediatos. É um projeto de longo prazo e que depende muito da participação do usuário para trazer resultados significativos. Mas não deixa de ser válido, é claro.

    Estou curioso para este lançamento.

    Abraços,

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  8. […] E a indústria segue investindo no video on demand, uma das tendências mais esperadas para 2008. […]

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  9. […] visto, vídeos online ainda serão a bola da vez neste ano. Com razão. Ainda existe muita coisa a ser explorada – sites com streaming de vídeos, […]

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