Fim da histeria 2.0

John Dvorak, polêmico e necessário colunista da PCWorld, publicou uma coluna sobre o estouro de Bolha da Web 2.0 que estaria à caminho. Pensei até em comentar o assunto [o Bruno Romani até enviou o link pela caixa de comentários], mas não tem muito o que falar.

Acho que não existe nem bolha para estourar. O que acabou a meu ver foi a histeria 2.0. Já aconteceu uma boa peneirada nas empresas. Estão sobrevivendo os projetos com mais consistência – vide aqui, no Brasil, Videolog, Boo-box, Via6 e Camiseteria.

Pelo menos lá fora [aqui, no Brasil, ainda estamos na fase do deslumbramento], as pessoas estão mais críticas em relação ao tal do jornalismo participativo [que não é tão inovador assim] e aos próprios blogs. E de achar que somente por que um conteúdo é enviado pelo usuário é bom e relevante e ponto final.

Aliás, o termo 2.0 não é mais usado na maioria dos blogs especializados lá fora. Soa datado. Prefere-se “mídia social” ou “sites sociais”, que também não dizem muito.

Uma das reclamações de Dvorak é de que surgem a toda hora clones de sites clássicos – Wikipedia, YouTube, Digg etc. O que sempre aconteceu na história da web. Isso ocorre por que, em sua maioria, as empresas web e mídia ainda olham para o próprio umbigo.

Preferem reinventar a roda e ter o “meu próprio YouTube”, o “meu próprio Second Life”, o “meupróprio Blogger”, ao invés de fechar parcerias e se aproveitar de estruturas já consolidas e , muitas vezes, com comunidades formadas.

Sobre o que eu acho da Web 2.0? Este post – Web 2.0 sob ataque -, que escrevi em março resume tudo. É isso, por que jogar confetes e usar o termo Web 2.0 já cansou. É brega 🙂

Foto do Flickr de Mareen

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